Petroleiros entram em greve por reajuste salarial e melhores condições de trabalho em Cubatão
Petroleiros do litoral de SP entram em greve por melhores condições de trabalho Os petroleiros do litoral de São Paulo entraram em greve nesta segunda-feira ...
Petroleiros do litoral de SP entram em greve por melhores condições de trabalho Os petroleiros do litoral de São Paulo entraram em greve nesta segunda-feira (15) por tempo indeterminado. A categoria, formada por cerca de 3 mil profissionais, protesta contra a falta de avanço na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2025-2026 com a Petrobras. Entre as reivindicações estão aumento de 10% nos salários, reajuste no vale-refeição e mudanças nas escalas de trabalho. A equipe de reportagem entrou em contato com a Petrobras, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. A paralisação atinge unidades estratégicas como a Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (SP), além de terminais e plataformas no litoral paulista, incluindo o Terminal Aquaviário da Alemoa, o Terminal de Pilões e a sede do Pré-sal no Valongo, em Santos. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (SindiPetro LP), os trabalhadores da região respondem por cerca de 60% da produção nacional. Petroleiros de Cubatão (SP), em greve. Fernando Skillo/AT Ao g1, o diretor Adaedson Costa afirmou que a greve busca maior valorização da categoria. "Queremos uma Petrobras que, sim, pague dividendos, mas que também valorize seus trabalhadores, que se expõem, adoecem e até morrem para gerar essa riqueza". Costa destacou que o principal mote da paralisação é buscar mais isonomia no sistema Petrobras, o fim da escala 6x1 e condições que garantam dignidade e qualidade de vida aos trabalhadores. Principais reivindicações 💰Fim dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros A categoria reivindica o fim dos descontos extras do PED, que reduzem salários, aposentadorias e pensões, e exige que a Petrobras assuma maior responsabilidade no equilíbrio do fundo de previdência da Petros 💸Reajuste salarial Reajuste de 10% no salário base, para compensar perdas acumuladas nos últimos anos 🍽️Vale-refeição A categoria reivindica que a Petrobras equipare o valor da alimentação dos trabalhadores em operação ao dos funcionários das áreas administrativas, que recebem cerca de R$ 2 mil, garantindo isonomia no benefício 📑Garantias para contratados Pedem mais segurança para os petroleiros terceirizados, com contratos de 2 a 5 anos, garantindo estabilidade e clareza sobre recontratações ou rescisões 💼Isonomia na escala de trabalho Os trabalhadores querem o fim da escala 6x1 e mais autonomia na definição das jornadas. Os trabalhadores exigem que todos cumpram 200 horas mensais, em vez das 240 impostas aos terceirizados, garantindo isonomia entre concursados e contratados 🎓Retomada do Programa Jovem Universitário Petroleiros pedem o retorno do programa que custeava uma parte da formação universitária de filhos dos trabalhadores que ingressassem em cursos que atendiam às atividades afins da Petrobras, como engenheiros e médicos. 🕰️Fim do banco de horas A categoria exige o fim do banco de horas, especialmente nas áreas industriais, onde os trabalhadores estão expostos a condições de periculosidade. Isso faz com que eles passem mais tempo em risco sem a devida remuneração adicional. Greve dos trabalhadores da Petrobras em Cubatão (SP). Fernando Skillo/AT Terceira proposta recusada Desde setembro, a categoria negocia com a Petrobras, que apresentou três propostas consideradas insuficientes pelos trabalhadores. A última oferta não contemplou as principais reivindicações, o que levou à decisão pela paralisação. "A Petrobras fez três propostas, mas todas trouxeram mais vantagens para a empresa do que para os trabalhadores. Não houve avanços significativos em nossas demandas, como a reposição do ganho real, a negociação com os aposentados, e o programa Jovem Universitário", afirmou o diretor do sindicato. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 Veja também O g1 visitou o complexo Henry Borden, em Cubatão (SP), que foi considerado até 1970 a maior usina hidrelétrica com potência instalada do Hemisfério Sul. A usina é marco da engenharia hidrelétrica do início do século passado, conheça: Conheça o complexo Henry Borden, em Cubatão VÍDEOS: g1 em 1 minuto